São Paulo/SP
HomeSueli Carneiro é uma das vozes intelectuais mais influentes do movimento negro brasileiro, reconhecida por articular pensamento filosófico, ação política e produção teórica comprometida com a superação do racismo. Filósofa, escritora e ativista, construiu uma trajetória marcada pela defesa incondicional da dignidade da população negra, especialmente das mulheres, elaborando uma crítica profunda às estruturas que sustentam desigualdades raciais e de gênero no Brasil.
Sueli Carneiro é uma das vozes intelectuais mais influentes do movimento negro brasileiro, reconhecida por articular pensamento filosófico, ação política e produção teórica comprometida com a superação do racismo. Filósofa, escritora e ativista, construiu uma trajetória marcada pela defesa incondicional da dignidade da população negra, especialmente das mulheres, elaborando uma crítica profunda às estruturas que sustentam desigualdades raciais e de gênero no Brasil. Sua obra parte da convicção de que as opressões não se apresentam isoladamente, e por isso desenvolve reflexões que integram raça, gênero, classe e outros marcadores sociais, contribuindo decisivamente para consolidar o feminismo negro como campo de pensamento no país.
Ao longo de sua atuação, Sueli tornou-se referência na formulação de políticas e estratégias para o enfrentamento do racismo, dialogando tanto com os espaços acadêmicos quanto com organizações da sociedade civil. Fundou e liderou iniciativas voltadas à promoção dos direitos da população negra, com ênfase na educação, na difusão de conhecimento crítico e na incidência política. Seu trabalho combina rigor intelectual e prática militante, resultando em textos que analisam com precisão temas como o epistemicídio, a violência racial, a desigualdade estrutural, a cidadania e a emancipação das mulheres negras.
Como autora, produziu ensaios, livros e intervenções públicas que ocupam lugar central no pensamento contemporâneo sobre raça no Brasil. Em sua escrita, articula filosofia, sociologia e experiências coletivas, destacando a importância das narrativas negras na produção de conhecimento e na disputa simbólica por representação e legitimidade. Sua contribuição teórica impulsionou debates sobre acesso à educação, ação afirmativa e democratização das instituições, além de influenciar gerações de pesquisadoras, ativistas e intelectuais.
Reconhecida nacional e internacionalmente, Sueli Carneiro consolidou-se como uma pensadora que ultrapassa fronteiras disciplinares e políticas. Sua trajetória demonstra que a luta antirracista é inseparável da construção de novos modos de existir em sociedade. Por meio de sua obra e atuação, ela transformou o campo dos direitos humanos no Brasil e tornou-se uma das principais referências do pensamento negro contemporâneo, guiando reflexões e práticas que seguem fundamentais para a construção de um país mais justo e plural.
Temas de Palestras:
Feminismo negro: Ela aborda a centralidade das mulheres negras na luta por justiça, discute a especificidade de suas experiências e destaca a importância de um feminismo que considere raça, gênero e classe simultaneamente.
Racismo estrutural: Sueli analisa como o racismo organiza instituições, práticas sociais e relações de poder no Brasil, mostrando que não se trata de comportamentos isolados, mas de um sistema que produz desigualdades persistentes.
Epistemicídio: Um dos conceitos mais marcantes de sua obra, discutido em muitas palestras. Ela explica como saberes, produções intelectuais e experiências negras foram historicamente deslegitimados, e defende a valorização do conhecimento produzido pelas populações negras.
Políticas de ação afirmativa: Fala sobre educação, cotas, democratização do acesso ao ensino superior e a importância das políticas públicas para corrigir desigualdades históricas.
Interseccionalidade (sem usar necessariamente esse termo): Sueli desenvolve reflexões sobre como raça, gênero, classe e outras marcações sociais se combinam na produção de opressões e hierarquias, discutindo a necessidade de interpretar essas dimensões de forma integrada.
Construção de cidadania e direitos humanos: Apresenta análises sobre inclusão, democracia, justiça social e as bases éticas para a promoção de direitos iguais no Brasil.
Violência racial e de gênero: Em muitas falas, discute os impactos da violência sobre a população negra, em especial sobre mulheres negras, e os desafios para garantir proteção e reconhecimento.
Representação e mídia: Fala sobre a presença — ou ausência — de pessoas negras nos meios de comunicação, na política, na intelectualidade e em outros espaços de produção simbólica.
Movimentos sociais negros: Reflete sobre o papel político, cultural e histórico desses movimentos na luta por transformação social e na construção de agendas emancipadoras.
Produção intelectual negra: Defende a valorização da literatura, filosofia e pensamento produzido por pessoas negras, ressaltando a importância de ampliar o acesso a essas referências.