Nina da Hora

Nina da Hora (Ana Carolina Silva das Neves da Hora) nasceu em 1995, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. É cientista da computação, pesquisadora e ativista brasileira, reconhecida por seu trabalho nas áreas de ética em inteligência artificial, justiça algorítmica, direitos digitais e diversidade em tecnologia.

Formou-se em Ciência da Computação pela PUC-Rio e é mestranda em Inteligência Artificial e Visão Computacional na Unicamp. Desde o início da carreira, Nina tem atuado para democratizar o acesso à tecnologia e para questionar as estruturas que reproduzem desigualdades no desenvolvimento de sistemas digitais.

Foi pesquisadora assistente no Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (CTS-FGV) e atualmente é fundadora do Instituto da Hora, uma organização que promove debates e ações sobre tecnologia inclusiva, equidade e direitos digitais para comunidades negras e indígenas no Brasil.

Além disso, Nina participa de conselhos de ética e segurança digital, como o do TikTok Brasil, e integrou a Comissão de Transparência das Eleições de 2022 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), contribuindo com discussões sobre segurança tecnológica e transparência algorítmica em processos democráticos.

Seu trabalho é amplamente reconhecido nacional e internacionalmente: foi listada pela Forbes Brasil entre os “30 Under 30” de 2021 e reconhecida como uma das 100 mulheres mais influentes na pesquisa sobre ética em inteligência artificial. Nina é também colunista e palestrante em universidades, empresas e eventos sobre inovação, educação e tecnologia.

A sua trajetória combina pesquisa científica, ativismo social e comunicação acessível, sempre buscando aproximar o público da reflexão crítica sobre como a tecnologia impacta a sociedade — especialmente as populações historicamente marginalizadas.

Temas de Palestras 

Racismo Algorítmico e Justiça Algorítmica

Nina discute como algoritmos e sistemas de inteligência artificial podem reproduzir desigualdades raciais e sociais. Ela aborda o conceito de “tecnologia não neutra”, explicando como decisões automatizadas podem reforçar estigmas e discriminações. Também propõe formas de desenvolver tecnologias que respeitem a diversidade e a equidade.

Ética, Transparência e Responsabilidade na Inteligência Artificial

Neste tema, ela reflete sobre os dilemas éticos da IA — desde o uso de dados até os impactos sociais de tecnologias como reconhecimento facial, deepfakes e automação. Nina explora a importância da responsabilidade das empresas e governos no desenvolvimento tecnológico e a necessidade de transparência nos algoritmos que influenciam decisões sociais e políticas.

Diversidade e Inclusão na Tecnologia

Uma de suas principais bandeiras é a democratização do acesso à ciência e à tecnologia. Nessa linha, suas palestras falam sobre como ampliar a participação de mulheres, pessoas negras, indígenas e periféricas no setor tecnológico. Ela também enfatiza o papel da educação digital e do pensamento crítico como caminhos para reduzir desigualdades.

Pensamento Computacional, Dados e Sociedade

Nina trata do papel do pensamento computacional não apenas como uma habilidade técnica, mas como uma forma de compreender o mundo. Aborda o uso de dados, privacidade, redes sociais e como o conhecimento sobre tecnologia pode empoderar indivíduos e comunidades. Defende que entender o funcionamento dos algoritmos é essencial para uma cidadania digital plena.

AT 10-25