Roger Koeppl

São Paulo/SP


Roger Koeppl

Depois de uma experiência de trabalho voluntário, Roger Koeppl decidiu abrir mão da carreira como executivo de multinacional para apostar em um negócio social focado em sustentabilidade, a YouGreen Cooperativa. Líder da Fundação Estudar, o empreendedor foi reconhecido pela sua dedicação ao setor, conquistando prêmios e até mesmo comparações com grandes empreendedores de sucesso como Steve Jobs e Mark Zuckerberg.




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Depois de uma experiência de trabalho voluntário, Roger Koeppl decidiu abrir mão da carreira como executivo de multinacional para apostar em um negócio social focado em sustentabilidade, a YouGreen Cooperativa. Líder da Fundação Estudar, o empreendedor foi reconhecido pela sua dedicação ao setor, conquistando prêmios e até mesmo comparações com grandes empreendedores de sucesso como Steve Jobs e Mark Zuckerberg.

Com oito anos de atuação, a YouGreen conta com 50 cooperados e já reciclou mais de 6 mil toneladas de resíduo. A empresa presta serviços para grandes companhias brasileiras como a marca de café Três Corações, a NuBank, o IFood e a Sony. 

O início da vida profissional de Roger Koeppl

A vida profissional de Roger Koeppl começou muito antes da faculdade. Aos 12 anos, ele lavava carros em um posto de gasolina, entre outros trabalhos informais. “Minha família era relativamente humilde. Não passamos necessidade, mas também não sobrava dinheiro. Era uma forma de conquistar minha independência financeira e comprar minhas coisas. Com 15 anos, eu entrei em uma indústria como CLT, trabalhando em período integral e fazendo o ensino médio à noite”, relembra.

Ele se apaixonou pelo ambiente industrial e logo depois começou a fazer um curso técnico em mecânica pelo Senai. Por causa do curso, ele conseguiu um estágio em uma multinacional. “Foi um salto gigantesco porque eu vim de uma periferia na Zona Norte de São Paulo e nunca tinha entrado em grandes empresas. Era um universo muito distante e de repente eu estava trabalhando em uma empresa suíça top de linha. Me apaixonei pelo mundo corporativo e fui construindo meu projeto de carreira ali”, indica.

Contudo, Roger tinha vontade de trabalhar com automóveis. Ele não conseguiu passar nas seleções de estágios das grandes empresas automotivas, mas passou para uma organização que fazia operações logísticas da Volkswagen. “Ela tinha vários clientes e eu trabalha com eles fazendo engenharia de processos. Meu trabalho era ajudar a melhorar os fluxos da fábrica e ganhar produtividade. Tive a oportunidade de ajudar a trazer o centro de distribuição da Apple para o Brasil com 19 anos”, celebra.

Seu destaque no projeto lhe rendeu um convite para ser o supervisor de uma fábrica de motores em Betim (MG). “Eu estava com 20 anos, ganhando super bem para o meu padrão familiar e em um cargo de supervisão. Estava ótimo, não tinha nada para reclamar”, garante. Apesar de satisfeito com a vida profissional, logo a trajetória de Roger Koeppl mudaria.

Ida para setor de Sustentabilidade

Em 2011, enquanto morava em Minas Gerais, Roger assistiu no jornal os desmoronamentos de terra no Rio de Janeiro. Ao ver que a Cruz Vermelha estava aceitando doações, ele se mobilizou para ajudar. “Quando eu cheguei na operação, foi um espanto. Tinha muito voluntário trabalhando para organizar tudo, mas de uma forma desorganizada. E eu lidava com engenharia de processos, então eu olhei aquilo e me deu um desespero. Pensei comigo mesmo que precisava melhorar isso. Trabalhei lá com minha namorada o final de semana inteiro criando o básico de processos. Isso aumentou consideravelmente a produtividade”, indica.

Na segunda-feira depois do trabalho voluntário, Roger Koeppl sentiu que seu propósito profissional tinha se perdido. “Até então eu tinha na cabeça aquela ideia de ser o CEO antes dos 30. De repente, aquilo perdeu valor muito rápido. Pensei no que estava fazendo, trabalhando em um setor que ajudava a poluir muito o meio ambiente e gerar acidentes. O clique foi ter contribuído com a Cruz Vermelha, algo que nunca pensei que faria, ainda mais com o trabalho que eu desenvolvia na fábrica. Minha bolha estourou”, revela.

Alguns meses antes, o Brasil tinha aprovado a Politica Nacional e Resídos Sólidos. Entre outras coisas, a lei exige que o país trabalhe com a logística reversa, algo com o qual ele já tinha lidado com o projeto da Apple. “Comecei a pesquisar sobre o assunto e entrar em contatos com catadores de lixo e cooperativas. Fui conhecer uma e foi paixão à primeira vista, quase um déjà vu da Cruz Vermelha. Tinha muita gente trabalhando em um pique enorme mas desorganizados. Vi que poderia ajudar muito com meu conhecimento de processos”, compartilha.

Temas de Palestras:

- Criatividade e Inovação

- Empreendedorismo 

- Qualidade de Vida

- Sustentabilidade/Meio Ambiente 

- Empresários

- Liderança

- Superação

AT 02-21

 

 

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