Gabriela Sayago

São Paulo/SP
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Gabriela Sayago

Gabi Sayago é pedagoga, bacharel em psicologia, pós-graduada em neuropedagogia pelo Instituto Saber e especialista em Psicologia Positiva e Inteligência Emocional.


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Onde foi que a comunicação se perdeu?
Resiliência

Onde foi que a comunicação se perdeu?


Comunicação é a base do relacionamento entre pessoas, entretanto,  é uma arte que vem progressivamente se perdendo.

No dia a dia, não percebemos que os paradigmas que formamos ao longo da nossa história, não afetam somente as nossas atitudes e comportamentos, mas também a forma como vemos os outros.

Este “círculo vicioso” limita a nossa habilidade em manter relacionamentos de qualidade. Acabamos julgando, cobrando, nos frustrando e responsabilizando terceiros. Projetamos nossas vontades, nossos desejos e colocamos nossas expectativas no outro e esperamos que “adivinhem” o que estamos pensando. Mas afinal, por que agimos assim?

Duas são as razões primordiais: primeira é não termos uma fala clara e efetiva e a segunda por não sabermos ouvir.

Há outras circunstâncias ao falarmos em relacionamentos e comunicação, consideradas por Stephen Covey, como os maiores desafios da humanidade: Medo e insegurança.

Há um sentimento de vulnerabilidade, sentimos medo de perder coisas, pessoas e  oportunidades. Temos medo de não sermos aceito, medo de sermos trocado, de não ser querido pelas pessoas a nossa volta…  Estar vulnerável gera inseguranças, mas enfrentar essa barreira do medo nos leva a ter a uma vida sem riscos, uma vida “mais ou menos”  e carregada de insatisfação pessoal.

Geralmente onde há um problema há um dedo acusatório, as sentenças a seguir, são comuns em pessoas que colocam nos outros ou no meio a responsabilidade pela própria felicidade:  “se eu ganhasse mais”, “se o meu marido me ouvisse”, “se meu chefe me respeitasse”, “se meus filhos não fossem tão rebeldes”. Culpar a tudo e a todos pelos nossos problemas e desafios pode até aliviar temporariamente a dor, mas certamente nos acorrenta a esses problemas.

Poucas necessidades humanas são maiores do que a de ser compreendido, ouvido, respeitado, valorizado, na maioria dos diálogos as pessoas são reativas, ouvem e logo esperam a sua vez de falar. Interpretam a fala do outro a partir dos seus próprios paradigmas e estão mais preocupadas em defender um ponto de vista do que em compartilhar ideias.

Mas como sair desta condição de vítima? Precisamos aprender a ouvir, essa habilidade se perdeu ao longo da história a escuta ativa (contrária à reativa) acontece quando ouvimos sem interromper, quando não prejulgamos falas e quando demonstramos interesse. Ouvir implica paciência, mente aberta e vontade de compreender o outro.

Precisamos aprender a expor nossas dúvidas, explicar o que nos incomoda e  fazer acordos. Numa conversa, quanto mais claras nossas expectativas são, quanto mais detalhados nossos pedidos são, maiores são as chances do interlocutor de fato saber o que estamos esperando.

Na comunicação efetiva, não há expectativas, não há explosões emocionais, não há o  “tal pessoa não me entende” e também não há um só ponto de vista.

A comunicação efetiva, usando uma analogia, é um jogo de frescoball, onde um joga a bola na mão do outro, onde dois se unem para que o jogo continue. Já a comunicação reativa, seguindo a mesma analogia, é um jogo de tênis, onde a busca é encontrar a melhor maneira de vencer o adversário. Qual jogo você prefere jogar?

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